domingo, 22 de novembro de 2009

Importância da cefalometria no tratamento da Síndrome da Apneia do Sono (SAOS)

A cefalometria passou a ser utilizada no estudo da síndrome da apneia-hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS) a partir da década de 1980, para auxiliar na identificação dos determinantes anatômicos craniofaciais envolvidos no colabamento faríngeo durante o sono, objetivando reproduzir de forma científica e padronizada as proporções dos ossos e tecidos moles do crânio e da face, expressa em medidas lineares e angulares.

Tanto o otorrinolaringologista, o cirurgião facial e o cirurgião-dentista necessitam destes métodos quantitativos e objetivos para avaliar o equilíbrio da face e em caso de SAHOS, apontar o local de maior constrição da cavidade nasal como complemento de diagnóstico e planejamento de tratamento.

A análise cefalométrica inicia com a realização da radiografia lateral da face padronizada pelo cefalostato. Este suporte orienta a incidência da radiografia, mantendo a distância constante entre a fonte do rx, o plano sagital mediano do paciente e o filme. Para sua obtenção, a cabeça do paciente é posicionada e fixada através do cefalostato, de maneira que a distância entre a fonte de raio-x e o plano sagital da cabeça permaneça constante em 1,52 m. Para que o corpo da língua seja nitidamente visualizada no traçado cefalométrico, a melhor técnica de evidenciação é através da colocação do contraste radiológico sulfato de bário no dorso da mesma, com o paciente posicionado no cefalostato e em oclusão dentária, tendo o cuidado de englobar a ponta da língua e não estender o contraste onde não interessa.


As estruturas traçadas são: órbita, sela túrcica, osso nasal, palato mole, corpo da maxila, parede posterior da faringe, mandíbula, incisivos centrais, primeiros molares, corpo da língua, osso hióide e C3 da coluna cervical.

Características craniofaciais que indicam a SAHOS:
  1. Base do crânio encurtada e com leve rotação horária;
  2. Comprimento da maxila encurtada;
  3. Retrognatismo maxilomandibular, quando a referência é o plano N-Perp;
  4. Aumento da altura facial inferior;
  5. Medida H-PM (distância do hióide ao plano mandibular) aumentado;
  6. Ângulo ANB aumentado;
  7. Palato mole aumentado;
  8. Espaço faringeo posterior superior (EAPS) menor.
Tangugsorn et al. avaliaram 57 pacientes obesos e 43 não obesos e concluíram que há necessidade de dois protocolos diferentes no tratamento da SAHOS. Normalmente, nos obesos o palato mole e o volume da língua estão aumentados - característica do padrão facial I e, nos não obesos, a base do crânio está encurtada e o ângulo ANB aumentado, característica do padrão facial II.

Apesar do grande esforço dos pesquisadores, ainda não há consenso se a cefalomentria deve ser solicitada para todos os pacientes com SAHOS. Em contrapartida, apresenta importante valor no diagnóstico pela obtenção de informações sobre anormalidades esqueléticas e em tecidos moles, contribuindo na indicação cirúrgica com base na gravidade da doença e na presença de alterações anatômicas das VAS e do esqueleto craniofacial. Muitos insucessos com os resultados da uvulopalatofaringoplastia está relacionado com a falta de análise cefalométrica e reconhecimento da necessidade de associações com outros procedimentos como: a expansão rápida da maxila; o aparelho intra-oral (AIO);  a suspensão do hióide e o avanço do tubérculo geni (fase I do protocolo de Stanford) ou avanço maxilo-mandibular (fase II do protocolo de Stanford).

Conclusão: Por ser exame de baixo custo, expor o indivíduo a níveis mínimos de radiação e de fácil análise, podemos considerar a cefalometria em incidência lateral, exame fundamental na identificação do local de maior constrição da faringe, diagnóstico e planejamento de tratamento da SAHOS.

Para obtenção de referências sobre o assunto, entrar em contato com:

Dra. Dilana Oppitz Kochenborger CRO - 4816
SonoClean Odontologia Ltda
Fone: (51) 3024 4429 - PORTO ALEGRE - RS
Fone: (54) 3331 5207 - CARAZINHO - RS
e.mail: dilana@sonoclean.com.br

sábado, 7 de novembro de 2009

Dez motivos para usar aparelho intra-oral no tratamento do ronco e apneia do sono


  1. Elimina o ronco primário;
  2. Reduz a apneia leve e moderada em 80%;
  3. Restaura a qualidade de vida;
  4. Cabe na palma da mão;
  5. Não faz barulho;
  6. Não necessita de energia elétrica;
  7. Fácil de transportar em viagens de avião e ônibus;
  8. Tem maior aceitabilidade e tolerância pelo conforto;
  9. Seu custo é baixo;
  10. Método não invasivo.